Por Håkan Blomqvist Mencione conspirações e quase todos associarão o termo a poderes e grupos malignos. Hoje há um número incontável de livros, revistas e sites da Internet dedicados a várias conspirações sombrias. Como contrapeso um tanto herético, desejo apresentar algumas fontes que fornecem uma alternativa mais esperançosa e positiva – uma conspiração benevolente. Essa ideia não é encontrada apenas entre os cultos ingênuos do movimento Nova Era, mas é seriamente discutida como uma hipótese em muitas das obras de Jacques Vallée e Allen Hynek. Para entender o fascínio deles por este tema polêmico é preciso saber que tanto Vallée quanto Hynek têm um pé na ciência e outro na Tradição Esotérica. Isso é especialmente evidente na co-autoria The Edge of Reality (1975) e Forbidden Science I-III, de Jacques Vallée. No primeiro volume de seus diários, (Ciência Proibida, 1957-1969), Vallée discute a teoria de um grupo oculto de indivíduos - os guardiões planetários - trabalhando sob o &qu
Por Vicente Merlo Se na Antiguidade se dava mais importância às próprias coisas, à realidade externa, com a confiança de que o conhecimento nada mais fazia do que refletir como um espelho, 'tal como é' o que realmente existia, a Modernidade caracteriza-se por uma guinada na abordagem e uma consciência dos problemas colocados pelo fato de conhecer. Diante do realismo mais ou menos ingênuo da antiguidade, surgiu o idealismo mais ou menos transcendental da modernidade (de Descartes a Husserl passando por Kant). Aqui vamos nos concentrar na "dimensão esotérica da realidade", mas como saber e ser, conhecimento e realidade estão intimamente ligados, é necessário considerar os problemas epistemológicos inerentes a qualquer concepção esotérica da realidade. Poderíamos começar lembrando que talvez possamos falar de duas grandes concepções da realidade, dois grandes paradigmas ou modelos metafísicos: a concepção naturalista (ou materialista) e a concepção espiritual